sábado, 27 de fevereiro de 2016

QUANTO TEMPO DURA O AMOR...



Me perguntaram quanto tempo dura o amor
Fiquei perplexo, sem resposta
Não sei contar o tempo
Entendo um pouco da dor
Essa que cada um carrega
Às vezes dói tanto
Que se senti no coração
A resposta está no próprio tempo
Daqueles que conseguem estender
Contar os dias
E ficar ali na solidão
No silêncio que cada um carrega
Seja dentro de si
Seja fora de si
Não há tempo para o amor
Um, dois, três anos
Somente cada um sabe a conta
Riscando cada dia no coração
Deixando sempre uma marca
Sentida por si só
Na parede de sua própria prisão
Há! Se o tempo fosse diferente
Se cada olhar fosse uma vertente
Como se cada grão da ampulheta
Trouxesse o ente amado
Cada vez mais perto
Da nossa própria verdade
Não precisaria de mais nada
A não ser de um sorriso
Mais sei pouco, não sei contar o tempo

O tempo de quem se ama

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

ENCONTRE A CHAVE OU NÃO



De repente algo acontece
Pode ser que venha de novo
Doce brisa que permanece
La vem algo me corroendo
Aquela luz que brilha
Irradia e transforma seu olhar
É algo tão forte que transpassa
Então porque não se deixar
Sensação que se torna estranha
O proibido e o desejável
Tudo de uma mesma forma
Mas torna-se impossível
A cor dos seus lábios atrai meu coração
Mas não posso! Assim desvio
Desvio o caminho e atenção
Volto ao meu refugio
Tranco todas as portas
Escondendo a chave bem lá no fundo
Mais deixo as pistas
Como se na busca do tesouro
Ela queira ser encontrada

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

O OLHAR, O VINHO E A PAZ


Foi assim num olhar que me encantei
Nos seus olhos me perdi
No seu papo bom me encantei
E na taça de vinho apaixonei

Sonhos são para ser vividos
Sonhos são para ser sonhados
Com seu olhar meu sonho se revela
E nele tudo se realiza

Numa fração de tempo tudo se torna real
Aquele sonho já não é normal
Conviver se torna maravilhoso

E com você tenho o sonho mais gostoso

Merlot, Malbec, Cabernet ou Shiraz
Cada taça é um momento
Cada gole um alento
Sua companhia é a paz

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Seu cheiro no salão




Ela adentrou ao salão
Sem nenhuma permissão
Não se fez de rogada
Com sua pele rosada

Dançava como a flor da noite
Seu flerte era como um açoite
Não como aqueles que machucam
Mas como aqueles que marcam

Seu cheiro se espalhava
O perfume os corações tomava
Ela dançava e girava
E meu olhar ela ganhava

Junto com o olhar
Algo me despertava
Estendo-lhe a mão
Junto bailamos no salão

No girar da dança
Ela se fez esperança
Mas como na dança e seus paços
Se desfez o laço, junto o abraço

Cruzou o salão
Sumindo na multidão
Deixou o rastro, voou o cabelo
E no salão, sobrou apenas seu cheiro