quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

A EXTINÇÃO DA PROFISSÃO ESCRITOR NO BRASIL



Você já deve ter assistido algum filme ou seriado norte americano em que o personagem principal ou até mesmo o coadjuvante exerce a profissão de escritor ou deseja exercer. Não é difícil ver filmes americanos em que o personagem deseja ser escritor ou enche a boca pra dizer que exerce a profissão de escritor, isso com muito orgulho da mesma.
Para nós brasileiros tal assertiva de dizer que: - quero ser escritor - soa até mesmo como piada ou estado de loucura. Se você perguntar para um jovem que está prestes a fazer vestibular qual profissão escolheria, você pode até ouvir médico, advogado, engenheiro, arquiteto, mas dificilmente ouvirá a profissão escritor.
Sempre tive a curiosidade de saber o porquê desta diferença entre nossas culturas Brasil - EUA. Antes de qualquer pesquisa, através de uma analogia simples, constatei que a leitura é o primeiro grande diferencial.
Segundo pesquisa da “NOP World Culture Score Index” com os países desenvolvidos e em desenvolvimento (http://gizmodo.uol.com.br/mapa-horas-de-leitura/) os nortes americanos ocupam bem mais o tempo semanal com a leitura do que os brasileiros.
Outro fator é o tempo de utilização da internet no qual os brasileiros vêem liderando o ranking mundial. Na mesma pesquisa da “NOP World Culture Score”, os Brasileiros ocupam 5,2 horas da semana com leitura (27º coloco no ranking) e 10,5 horas com a internet (9ª colocado no ranking). Com a televisão o consumo é de 20 horas semanais (pesquisa da Motorola Mobility) sendo o 6º no ranking mundial.
Porém no aspecto televisão ainda perdemos para os Nortes Americanos que ocupam o primeiro lugar no ranking com 23 horas semanais na frente da televisão.
Outra grande diferença está na valorização do profissional da educação – “O Professor”. Esse é responsável pelo estimulo a leitura seja literatura, de pesquisa, ou educacional, porém como qualificar bons profissionais se o investimento é tão pouco para eles. Enquanto nos Estados Unidos o professor recebe uma média anual de US$ 44.917 no Brasil esse valor chega a apenas US$ 18.550, enquanto que na rede pública os professores brasileiros ganham uma média anual de US$ 8.000 (US$ 666,66 mensais – adaptando para nossa cultura financeira).
Os professores brasileiros ocupam boa parte de seu tempo em sala de aula, para poder ganhar mais dinheiro pela hora aula e muito pouco tempo com a qualificação e aperfeiçoamento. E não falamos apenas no professor do ensino básico ou médio, mas também do ensino universitário.
O numero de mestres e doutores é cada vez menor no Brasil, não existem políticas eficazes para os pesquisadores e assim a qualidade do ensino seja universitário ou de nível básico e médio tende a cair.
Porém talvez o principal fator desestimulante para a profissão de escritor no Brasil seja a remuneração. Escrever no Brasil não traz dinheiro e é caro. Segundo Vanessa Barbara em um texto pelo “The International New York Times” (http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/the-international-new-york-times/2013/12/17/ser-escritor-e-a-profissao-mais-patetica-do-brasil.htm) ser escritor é a profissão mais patética do Brasil. Segundo Vanessa no Brasil em uma tiragem de 3.000 livros, com a venda no valor de US$ 15 onde os autores (escritor) recebe cerca de 5% dos royalties, o escritor ganhara cerca de US$ 0,75 por cópia, tendo o valor de US$ 2.250 por um trabalho às vezes de anos. Ela critica que teria se saído melhor se vendesse o seu corpo para a ciência.
Logicamente as chances de se ganhar dinheiro nos Estados Unidos como escritor são bem melhores, seja porque lá eles lêem muito mais, possuem maior renda para compra de livros e os fazem, combatem a pirataria com mais veemência, possuem livros com grande público os quais viram “Best Sellers” e até mesmo vão parar nos cinemas, além de que o inglês é a língua mais escrita, lida e falada no mundo.
Conduto não necessariamente esses fatores influenciam na leitura de um País. Portugal pais da nossa língua pátria, com extensão territorial menor que o Brasil, por exemplo, trata muito melhor seus escritores e ainda apreciam melhor os nossos do que nos mesmos.
O último resultado da redação das provas do Enem de 2014 acende uma luz vermelha no Brasil no quesito leitura e educação. Se não mudarmos de postura com urgência teremos cada vez menos interessados pela leitura e muito menos interesse por escrever ou pela profissão de escritor.

Que possamos salvar nossa língua portuguesa com urgência com bons e novos escritores, além de melhores e interessados leitores.

Obs. Se você chegou até aqui é porque assim como eu gosta de ler, porém com certeza muitos pararam na metade ou farão a chamada leitura dinâmica (passada de olho).

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

ENTENDA AS NOVAS REGRAS PARA O SEGURO DESEMPREGO, AUXILIO DOENÇA, PENSÃO POR MORTE, DENTRE OUTRAS.



Tenho recebido em vários grupos do WhatsApp críticas com cunho politico a mudança das regras para concessões de  benefícios como o auxilio doença e seguro desemprego. No que condiz a mensagem que circula no App apenas sou adepto a critica de que a presidente Dilma em sua propaganda eleitoral afirmou que não mudaria normas trabalhistas e previdenciárias, porém esqueceu que elas eram necessárias para que o rombo no INSS não se alastre, bem como uma economia para os cofres públicos. Talvez faltou um pouco mais de franqueza por parte da presidente, como já é de costume, para encarara determinados fatos. Acredito ainda que tais mudanças podem ter sido realizadas com a contrariedade de muitos Petistas.

Porém tais mudanças são necessárias não só pela necessidade de economia ao cofres públicos, como também a adequação da realidade laboral do país. Com exceção de algumas regras que não concordo, como por exemplo do tempo de matrimonio ou união estável que deve-se existir para a nova concessão de pensão por morte que passará a ser de dois anos.

Com a prática na advocacia trabalhista, já havia notado a necessidade de mudança nas regras do seguro desemprego, o qual virou objeto de desejo de todo trabalhador, seja aquele demitido ou aqueles que fazem o suposto 'acerto'. O seguro desemprego já havia virado motivo de barganha nas audiências trabalhistas e a tempos era objeto de crítica de juristas renomados no País.
As mudanças vem no sentido de dificultar a obtenção de tal beneficio, fazendo com que o empregado tenha que permanecer por mais tempo no seu ambiente de trabalho, priorizando assim a continuidade e aperfeiçoamento do trabalhador em seu posto de trabalho.

Quanto ao auxilio doença quem não deve ter gostado muito da alteração foram os empresários, que terão que pagar o mês cheio (30 dias) ao seu funcionário que tiver algum tipo de enfermidade.

Quanto ao seguro-defeso (na minha opinião mais um tipo de "bolsa família") as regras dificultam o acesso aos pescadores, que terão além de contribuir como autônomos ao INSS por uma ano, esperar três anos da obtenção do registro de pescador para obtenção. Além disso não poderão mais acumular o beneficio com as assistências sociais do governo como o bolsa família. Alias, aqui fica meu elogio a coragem do governo federal ao mudar tais regras, depois de tantas críticas e denuncias por parte da oposição e da imprensa, resolveu tomar atitude e fechar a torneira.

O abono salarial, conhecido por muitos como PIS/PASEP também sofreu alterações e agora somente após seis meses de recebimento de salario equivalente a dois salários mínimos, terão direito a recebimento. Anteriormente era apenas um mês.

Segue abaixo um texto do site JusBrasil de fácil leitura para que todos possam entender as mudanças e tomarem suas próprias conclusões quanto as mesmas.

Podemos fazer uma oposição e criticas ao governo, mas que elas possam ser inteligentes e pautadas em fatos verdadeiros e com fundamentos.

http://agencia-brasil.jusbrasil.com.br/noticias/159460427/governo-publica-novas-regras-sobre-pensao-auxilio-doenca-e-seguro-desemprego?utm_campaign=newsletter-daily_20150102_562&utm_medium=email&utm_source=newsletter