Poucos vão acreditar
Mas só aqueles que presenciaram
Podem melhor falar
Minha bisavó morava ao lado de casa
E muitos parentes a vinham visitar
Dentre eles meu tio-avô Adolfo
Ele era um cara muito sarrista
Cheio de brincadeiras e peraltices
Ele adorava boas brincadeiras
Principalmente com as crianças
Sempre vivia aprontando uma das suas
No quintal existia um duto
Que escorria água da chuva pra rua
Naquela pequena grua
Naquele pequeno bueiro
Vivia o sapo Godofredo
A gente tinha muito nojo
E também muito medo
Mas quando meu tio chamava seu nome
La estava ele
Naquele pequeno buraco ele aparecia
Enquanto todos já corriam
Meu tio pegava ele na mão
Saia correndo atrás da gente
Com aquele sapo lambão
Depois da brincadeira
Nele ele dava um banho de torneira
E o Godofredo pro buraco voltava
Mas bastava meu tio chamar
Para o Godofredo ali estar
E a brincadeira de novo começar