segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Caixinha de música


Quando era menino pude me deliciar em momentos inesquecíveis na casa de meus avós paternos. A casa da Rua Felipe Camarão, n. 1264, na cidade de Rancharia/SP.
Lembro que ali era minha segunda casa, meu segundo quintal, meu segundo lar. Meu mundo ali era feliz.
Às vezes quando meus pais queriam ir aos Bailes da cidade ou sair de férias sozinhos, esta casa era nossa pousada. Digo nossa, porque passávamos as noites ali eu e minha irmã, as vezes acompanhados dos meus tios e meus primos.
Nesta casa existiam muitas coisas legais que marcaram minha infância, como o relógio cuco que fazia seu tique e taque; o escritório do meu avô, que parecia um lugar ultrassecreto; existia o quintal imenso, que parecia não ter fim, cheio de árvores e flores; a cozinha encantada da minha avó que dali saião os mais variados pratos, geleias e doces. E que doces!
Existia ali um mundo encantado, daqueles sem fim, onde a imaginação não tinha limites, onde tudo era possível e o imaginável ganhava forma.
Mas existia ali algo especial pra mim, algo que eu adorava que era mágico pra mim, uma caixinha de música.
Nela existia uma chave embaixo, daqueles para se “dar corda”, e quando abríamos aquela caixinha, dela saia uma bailarina que girava em um pé só, rodeada pelos espelhos da tampa da caixinha, o que tornava a abertura dela ainda mais mágica.
Esta caixinha era da minha avó, e nela ela guardava o que achava ter de precioso, suas joias e bijuterias. Minha avó sempre foi muito vaidosa, cuidava daquela caixinha com muito carinho, e poucos podiam nela tocar.
Porém, talvez por causa da minha relação como a música e o piano, e por saber que adorava aquela música, ela sempre deixava eu mexer naquela caixinha de música, apenas pedia para ter cuidado.
Como todos os tipos dessas caixinhas, dela se expressava uma música doce e singela. Eu nunca descobri ou me preocupei em descobrir qual era aquela música. Sabia que ela estava sempre na minha memória e no meu coração.
Quis o destino que aquela caixinha de música reaparecesse no fim da casa da Rua Felipe Camarão. Meus avós se foram, deixando um monte de pequenos pertences, que possuem mais valor sentimental do que material. Como fim de todo ciclo, o que nos sobra são apenas os bons sentimentos e valores que as pessoas nos deixam, o resto é apenas resto.
Vendo o fim do ciclo da casa da Rua Felipe Camarão, tomado pela tristeza de ver tudo ali sendo encaixotado, e sabendo que tudo aquilo chegará ao seu fim, fui tomado por um pequeno momento de alegria ao ver aquela caixinha de música novamente, exposta ali na mesa, junto com algumas bijuterias de minha avó.
Não me contive e na caixinha “dei corta” para ouvir por uma última vez aquela canção, e parei por alguns minutos, no meio da turbulência da divisão das pequenas coisas matérias sem valor, para lembrar e guardar tudo de bom que ali naquela casa passei, guardar em minha memória e em meu coração em forma de música.
Ao ouvir aquela música me perguntei por que nunca tentei tocar essa canção no piano, e fiquei curioso para saber qual o nome daquela música.
Com a ajuda da tecnologia, descobri que trata-se de uma música chamada “Love Story”. Uma música linda, tema do filme Love Story (Uma História de amor) de Erich Segal, dirigido por Arthur Hiller de 1970 (EUA).
Nunca vi o filme, ou talvez não me lembre de ter visto, porém ao ver a sinopse fiquei chocado com a coincidência do filme com a minha vida e com meus valores.
A sinopse diz: - um jovem de família muito rica e estudante de Direito conhece e se apaixona por uma estudante de musica e acabam se casando algum tempo depois. Porém, o pai do rapaz não aceita a nora, por ela ser uma moça de família humilde, e acaba deserdando o filho. Algum tempo depois, a moça tenta engravidar e não consegue; vai então fazer exames e descobre que está gravemente doente.
Nunca imaginei que a música que tanto gostava daquela caixinha, unia numa história minhas duas paixões: - a advocacia e a música, além de alguns valores de vida.
Coincidências a parte, a caixinha de música sempre proporcionou a mim um momento de paz, de felicidade, de sonho com aquela bailarina e a sua música que encantava meu ouvido e meu coração.
A maior herança que levamos de uma pessoa não são seus bens ou suas posses, mais sim pequenos ou grandes momentos que se tornam inesquecíveis em nossa memória, ficando gravados para sempre em nossos corações, seja representado por boas lembranças ou por uma simples caixinha de música.

Segue o canal no youtube com a música Love Story tocada no piano:
http://www.youtube.com/watch?v=WVNWeeKoHEw


Dedicado à família Belon.

DE DENTRO PRA FORA EM PALAVRAS


Certo dia, com estimulo de alguém e muita analise (terapia), resolvi começar a escrever. É certo que escrever faz parte de minha profissão (advocacia), porém escrever o sentimento é um pouco mais complicado.
Porém passei a fazer disso um certo exercício. Um pouco ali, e um pouco aqui, as palavras foram saindo da mente para o papel.
Não satisfeito apenas com as crônicas e redações, resolvi me arriscar no campo da poesia, e aos poucos as letras no papel foram saindo. 
Compartilho uma aqui no meu blog, que gostei muito de escrever, pois me veio do nada, em um momento comum, onde apenas peguei a caneta e o papel, e assim ela saiu.


De dentro pra fora em palavras

Nunca fui bom com as letras
Sempre achei que deveria deixar fluir o que vinha de dentro
Nunca me conformei só com as palavras e o pensamento
Seja do coração, seja da razão
Sempre achei que deveria transformar elas em palavras escritas

Ao deitar, sempre me vieram pensamentos
Queria eu ter um agravador pra lembrar de tudo que penso
Minha mente vai e volta em tudo que vivo
Família, amizade, trabalho e as coisas do coração
Tantas coisas que me vem e cabeça, tantos sentimentos

Achei nas palavras escritas o modo de se expressar
Na poesia achei o modo de colocar o que sinto
Transformei sentimentos vividos no poema escrito
Despertei na escrita a minha imaginação

E fiz do pensamento para o papel o meu libertar

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

DEVEMOS SEMPRE OPTAR PELO CAMINHO DO DESAFIO



Estava lendo o livro, o qual tenho ele como grande fator de mudança de atitude e pensamentos em minha vida, que chama-se - “Escolhas que podem mudar sua vida” de Hal Urban.
Lendo ele muitas coisas me chamaram a atenção é lógico, mas uma em especial me chamou mais a atenção, a qual transcrevo aqui:

“A vida é dura e é frequentemente injusta e cheia de dificuldades. Essa realidade às vezes implacável nos deixa com uma escolha: podemos choramingar, nos deprimir e reclamar diante dos problemas ou aceitá-los como um desafio para demonstrar coragem e crescer com a situação. (pg. 119)

Passei por várias dificuldades em minha vida, trabalho, estudos, dinheiro, amor, as quais as vezes achava injustas, outras nem tento, mas situações que nos desanimam, nos fazem não querer sair da cama, não comer nada, não trabalhar, fugir, se esconder, e as vezes até pensarmos em desistir de nossas próprias vidas.
Pensando nesta ultima situação (suicídio), sempre ouvi histórias, principalmente artistas ou pessoas conhecidas na mídia, que tiram suas próprias vidas a troco de problemas e dificuldades que enfrentam, ou as vezes não.
Sempre pensei que essas pessoas não tentavam enfrentar seus problemas de frente, ou que faltavam a elas um pouco de Deus em seus corações.
Alias, sobre Deus e a vida, recentemente fui visitado por um “vendedor” de revistas da Seisho No Ie, um senhor muito simpático, que veio em boa hora, me trazendo uma revista de cortesia. Nesta revista continha um texto, onde a principal intenção era dizer que nossa vida é sagrada e pertence a Deus, porque ele vez de nós sua imagem e semelhança, nos dando a vida como maior presente seu, para cuidarmos da melhor forma possível dela.
Por mais que possamos pensar as vezes sobre o suicídio, e confesso que por algumas vezes em situações difíceis pensei nele também, nunca imaginei que ele poderia chegar tão perto de mim.
A poucos meses conheci um jovem vizinho, cheio de energia, estudante de Direito, cheio de ideais, novas ideias e energia, com aquela disposição de um jovem que quer mudar o mundo, assim como eu também há alguns anos atrás, também na faculdade de Direito.
Ele morava em meu condomínio, um estudante que vinha de outra cidade, morando junto com outro estudante, buscando como tantos outros, numa nova cidade, uma nova aventura, a realização de um sonho, ou, como ele dizia: - o sonho de ser Juiz.
Um jovem cheio de novas e boas ideias, com disposição de dar o seu melhor nos estudos do Direito. Além do gosto semelhante pelas leis, também era um grande aprendiz de violão, o qual também tenho muito apreço e sou aprendiz.
Porém ao entrar em meu condomínio num certo dia, me deparei com uma cena imaginável, carros da policia civil, militar e um da pericia civil. Logo me veio a cabeça que teria ocorrido um homicídio em meu condomínio, porém quando procurei informação me deparei com a informação, de que aquele jovem que aprendi a admirar pelos seus ideais havia se suicidado.
Fiquei perplexo por alguns instantes, tentando entender o “por quê?” como também muitos outros vizinhos se questionavam. Um jovem cheio de energia e sonhos havia tirado sua própria vida, sem nenhum motivo aparente. Segundo o legista ele se enforcou com seu cinto junto a janela, quando assistia um vídeo sobre “como sair da depressão”.
Algo muito próximo assim nos leva a muitos questionamentos, a muitas reflexões, nos faz pensar com mais ênfase sobre nossa vida, sobre o real valor da nossa vida.
Ao ver aquela cena no condomínio, me veio a mente o livro de Hal Urban, em especial a parte que neste texto descrevo acima, e, me indaguei: - será que aquele jovem não escolheu o desafio?
Não tenho como saber qual foi a escolha daquele jovem, mas com certeza sei dizer qual atitude devemos tomar diante de qualquer problema e dificuldade – ENFRENTA-LOS.
A melhor escolha sempre é aceitar as dificuldades, aprender com elas, tentar tirar as melhores lições delas, demonstrando coragem para vencê-las e enfrentá-las.
Muitas pessoas podem dizer: - mas como isso? Isso não parece fácil? É fácil dizer, quero ver fazer.
Porém digo a vocês que trata-se de um exercício mental diário de oração, e o primeiro passo é agradecer todos os dias pela sua vida. Isso mesmo! Sua vida realmente é sagrada, se todas as escrituras dizem que você é imagem e semelhança de Deus, então sua vida é tão sagrada quanto o próprio Deus.
Esse é o primeiro exercício, entendendo que sua vida é sagrada, pertence a Deus, e somente ele pode tirá-la de você, passará a dizer sim a vida, e, dizendo sim a vida, você terá que ter coragem de enfrenta-la, sabendo que ela é feita tanto de realizações e felicidades, como também de problemas, dificuldades e decepções.
Porém problemas, dificuldade e decepções podem ser enfrentadas, basta achar a força e a coragem dentro de você para vencer os desafios. A solução para tudo esta dentro de você.
É como um jogo, seja um esporte, seja um videogame, você é estimulado a cada partida, a cada rodada a dar o seu melhor. Você erra, ganha uma nova vida, um novo jogo, uma chance de treinar, um novo amanhã, para melhorar o que você errou e passar de face ou vencer a partida. Sempre haverá outra, e outra, e outra chance na vida. A vida nunca fecha as portas em nada pra você.
Lembre-se da frase que quando uma porta se fecha outra se abre.
Existe uma frase famosa do filme Rock Balboa – 2007:

“Ninguém vai bater mais forte do que a vida. Não importa como você bate e sim o quanto você aguenta apanhar e continuar lutando; o quanto você pode suportar e seguir em frente. É assim que se ganha”.

Você pode escolher cair e ficar ali no chão chorando e se lamentando, ou se levantar quantas vezes for preciso pra vencer na vida. Escolha sempre levantar e enfrentar os desafios. SEMPRE!!!


Em homenagem ao jovem Isaque de Souza Lucas


terça-feira, 6 de agosto de 2013

Embriaga-te (Baudelaire)


Dizem que não devemos guardar muitas coisas, porém sempre guardo coisas de momentos inesquecíveis.
Revendo minhas recordações do passado, achei uma carta de um grande mestre e professor de redação do colegial que tive em Salvador/BA, chamado Léo Mendes.
Léo foi um grande mestre, nos preparando para os prazeres e dissabores da vida.
Uma pessoa especial, um grande amigo e companheiro, que deixou sua marca em minha vida e de muitos amigos de escola (Colégio Persona) no período de 1997 a 1998.
Mas sua marca não ficou só no campo dos estudos, mas se estendeu no campo da vida, como um grande companheiro, amigo e irmão que a tudo tinha uma lição ou uma história a ensinar.
Com sábias palavras enchia nossas vidas com ensinamentos e lições de vida.
No meio do ano de 1998, pra ser mais preciso no dia 07/05/98 ele me entregou uma carta, onde continha o poema do escritor e poeta francês Baudelaire, o qual com muita alegria transcrevo abaixo.
O poema nos relata que devemos nos embriagar sempre de vinho, de poesia ou de virtude.
Na verdade hoje entendo que devemos nos embriagar com a vida, com tudo que ela nos tem de melhor a oferecer, e, me lembro o quanto me embriaguei de amizades sinceras e maravilhosas neste mesmo período de escola.


EMBRIAGA-TE (Baudelaire)

Deve-se estar sempre bêbado. É a única questão.
A fim de não se sentir o fardo horrível do tempo,
que parte tuas espáduas e te dobra sobre a terra.

É preciso te embriagares sem trégua.
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude?
A teu gosto, mas embriaga-te.

E se alguma vez sobre os degraus de um palácio,
sobre a verde relva de uma vala,
na sombria solidão de teu quarto,
tu te encontrares com a embriaguez já minorada ou finda,

peça ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio,
a tudo aquilo que gira, a tudo aquilo que voa,
a tudo aquilo que canta, a tudo aquilo que fala, a tudo aquilo que geme.

Pergunte que horas são. E o vento, a vaga, a estrela, o pássaro,
o relógio, te responderão.
É hora de se embriagar!!!

Para não ser como os escravos martirizados pelo tempo, embriaga-te.
Embriaga-te sem cessar.
De vinho, de poesia ou de virtude.
A teu gosto.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Novas regras para as propagandas públicas


Me deparei com a notícia do Jornal Correio do Estado (MS) do dia 24 de julho de 2013 que trazia o seguinte matéria: - “André gasta R$ 31 milhões apenas com publicidade”.
Segundo a matéria do Jornal o dinheiro usado pelo governo estadual para dar visibilidade aos seus feitos custou R$ 12,49 a cada um dos 2,5 milhões de habitantes de MS. Por dia, o gasto foi de R$ 173,8 mil.
Logicamente que o governo necessita realizar algum tipo de publicidade, o problema ocorre no motivo de utilização desta publicidade.
Os governos em sua maioria utilizam da publicidade para mostrar suas realizações, suas obras, o que vêm fazendo com o dinheiro público. Essas publicidades tem sempre um fundo eleitoral e nunca visa dar publicidade a algo necessário que a população precise tomar conhecimento, como por exemplo, os gastos públicos.
Sempre questionei o porquê os governos fazem tantas propagandas de seus feitos, e, porque não existe nenhum limite ou regra para a publicidade dos órgãos executivos, legislativos e judiciário.
Existem regras (leis) de publicidade apenas em períodos eleitorais e também na questão da contratação das empresas de publicidades que deve ser feita por licitação.
Porém não existe nenhuma regra de quanto se deve gastar, o que pode ou não ser dada publicidade, quais informações ou não podem ser circuladas, e quais a informações que devem ter obrigatoriedade de publicidade.
Infelizmente quando nos deparamos com as publicidades dos órgãos públicos são sempre no intuído de dizer fizemos isso e aquilo, asfaltamos tantos quilômetros de estradas e rodovias, olha como ficou essa escola, dentre outras coisas que nos fazem as vezes sentir ignorantes as realizações do governo.
Nos últimos dias o povo brasileiro deu uma demonstração de que está cansado deste tipo de política. Está cansado do político falastrão, daquele que fica glorificando seus feitos, e passou a exigir um tipo de político que trabalha e se esforça para o bem comum, com a boa utilização dos gastos públicos e honrem seus cargos públicos com dignidade e honestidade acima de tudo.
Partindo desses novos ideais, também deveriam existir novas regras (leis) que regulassem o que deveria ou não ser utilizado com matéria de propaganda pública (publicidade pública).
As propagandas deveriam ser usadas para avisar a população sobre coisas úteis, como seus direitos, campanhas públicas de saúde, educação, previdência e cidadania, informe de gastos públicos, dentre outras coisas que se fazem necessários à publicidade.
E deveriam ser vedadas as publicidades com informações de realizações de construções e obras públicas, aquelas que estamos cansados de ver, ouvir e ler na televisão, rádios, revistas e jornais.

São necessárias novas regras para a publicidade dos órgãos executivos, legislativos e judiciários, e deveríamos cobrar dos nossos legisladores essas novas regras.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

O PIANO E EU

O Piano e eu

Diz minha mãe que quando era pequeno, entre os meus quatro e cinco anos de idade, ao escutar o som do Piano ficava admirado, e falava pra ela que queria aprender a tocar piano.
Lembro que meu pai tinha umas fitas K7 do Richard Clayderman (pianista francês) e adorava ficar ouvindo aquelas músicas.
Segundo minha mãe eu vivia pedindo um piano de presente, até que ganhei um piano de brinquedo. Ele era de madeira clara, tinha entre três a quatro oitavas (notas que compõe o piano) e dentro continha uns ferros que produziam as notas musicais.

(Foto – parecido com meu piano)

Na época em que ganhei o piano, passava um desenho na televisão, muito conhecido, chamado Snoop. No desenho existia um personagem que se chamava “Schroeder”, ele tocava sempre seu piano solitário. As vezes sobre o piano existia uma estatua do Beethoven e as vezes uma menina que chamava “Lucy” ficava admirando ele tocar.
Eu gostava daquele personagem, admira o som do piano dele, e queria de certo modo ser igual a ele.
(Foto – Schroeder e Snoop)

Eu sentava no meu piano de brinquedo e colocava as fitas k7 do Richard Clayderman e ficava tirando de ouvido as músicas. Não era nenhuma perfeição, mas chegava próximo a tom musical.
Isso chamou a atenção dos meus pais, só que como tinha seis anos de idade, ainda não sabia ler e escrever, não poderia aprender música. Então minha mãe procurou uma professora de piano que topasse a ideia de ensinar uma criança ainda iletrada.
Uma professora (minha primeira professora) chamada Josiane comprou a ideia de ensinar música, porque ela tinha um método de ensino diferente.
O método era assimilar as notas musicais com imagens, e colocando as notas na pauta e com a ajuda de imagens eu ia assimilando a notas.
Era mais ou menos assim, as notas do era a imagem de um doce (bombom), o ré era uma régua, o mi um gato (de miau – som do gato), o fá uma faca, o sol o próprio sol, o lá uma laranja e o si um sino.
 (Foto – método de estudo)

Desta forma a música entrou em minha vida, tomou minha corrente sanguínea e nunca mais me abandonou.
Depois da Josiane, passaram as professoras Dona Janini e a última a Cássia, está ultima quem me evoluiu nos estudos de música e piano.
Dos meus seis aos quinze anos de idade participava sempre das audições de final de ano, tocando sozinho, ou em quatro mãos com amigos e amigas e com minha irmã.
Era gostoso se apresentar para as pessoas, tinha um friozinho na barriga, mas eram gratificantes os aplausos ao final.
Quando me sentava ao piano, me sentia num mundo único, um mundo só meu, o mundo da música, esquecia de tudo que estava ao meu redor, me sentia realizado e feliz em poder tocar aquele instrumento.
Já mais velho ganhei um teclado dos meus pais, foi um dos melhores presentes que já ganhei. Ele passou a me ajudar nos estudo e também a passar a tocar outros tipos de música, inclusive a pensar em tocar em uma banda.
Recordo-me de alguns natais em família, que tocava algumas musicas para meus familiares.
Mas quis o destino me afastar da música, ou me mostrar outros prazeres e caminhos a ser percorridos em relação a ela.
Quando mudei de cidade parei os estudos, meu teclado passou a ser um hobby cada vez mais distante, ficando ali num canto guardado, empoeirado.
Outro instrumento entrou na minha vida, o violão, me ensinando uma nova maneira de ver a música. O contato com o violão veio dos novos amigos, das rodas de música em volta do violão.
O violão passou a ser grande fonte de inspiração e de desejo. Aquele simples gesto de tocar em uma roda de amigos me fazia sentir realizado, como nas audições de final de ano do piano.
Me arrisquei até na composição de músicas, e depois acabei me arriscando na guitarra devido ao violão. Tocava músicas de bandas favoritas e outras nem tanto, mas tudo pra estar ali numa roda de violão.
O estudo do violão foi autodidata, uma vez que já tinha conhecimento da música por causa do piano, ai então só foi adaptar e conhecer o violão e guitarra.
Porém um dia troquei meu teclado por um outro de melhor qualidade, e de novo a música e o som do piano passaram a pulsar nas minhas veias. Voltei sozinho aos estudos do teclado e cheguei a me arriscar com alguns amigos numa tentativa de montar uma banda.
Quis o destino que me reencontra-se novamente com o piano. Na época da escola do segundo grau, surgiu para nossa turma uma oportunidade de associar estudos ao teatro, numa interpretação da Semana da Arte Moderna (Semana de 22).
Na ocasião interpretei Vila Lobos, e a escola me proporcionou tocar novamente o piano para uma plateia. Passei algumas semanas tento aulas uma escola de música e me preparando para interpretação de Vila Lobos no teatro.
A Peça foi no Teatro Jorge Amado em Salvador/BA e foi um momento marcante em minha vida, além do meu personagem ter algumas falas, ainda tocava piano a todos da plateia. Sentia-me naquele mundo de novo, feliz em poder toca o piano para tanta gente.
Também foi minha ultima interpretação no Piano.
De lá pra cá, mudamos de cidade, passamos por dificuldades, vendi meu teclado e guitarra para pagar a faculdade, só me sobrou o velho e bom violão.
O trabalho tomou minha vida e a música de mim foi ficando distante, apenas aquela dos rádios e CDs.
Hoje sinto falta do meu piano de brinquedo, falta daquele mundo que entrava e esquecia dos meus problemas, daquele mundo da musica que tanto amo e me faz feliz.
Amo a música, e que nem diz uma pessoa querida: - essa tal de música pega e não larga mesmo.


“Milhares de pessoas cultivam a música; poucas porém têm a revelação dessa grande arte” (Ludiwig Beethoven).
“A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende” (Arthur Schopenhauer).
"Quis escrever músicas que fizessem as pessoas sentirem-se bem. Música que ajuda e cura, porque eu acredito que a música é a voz de Deus." (Brian Wilson).
"Eu nasci com a música dentro de mim. Ela me era tão necessária quanto a comida ou a água." (Ray Charles)

sexta-feira, 19 de julho de 2013

As 10 regras do Futebol de Rua, o verdadeiro futebol de macho!

Recebi essas regras por e-mail, e a mesma me remeteu as lembranças da minha infância na Rua Mario Cesar de Camargo 1.078 em Rancharia/SP.
Nesta rua cresci e vivi até os meus 15 anos de idade (1995).
Lá brincávamos de esconde esconde, bique bandeira, bets (taco), queimada, vôlei, bolinha de gude, peão, ioió (época dos ioiós da Coca Cola),  dentre outras brincadeiras de crianças de época.
Na nossa rua tinha muitas crianças, eramos muito amigos, fora os que vinham das outras ruas para brincar com a gente.
Mas das brincadeiras a melhor realmente era o jogar bola. Tinha a turma dos mais velhos que se misturava com a turma dos mais novos.
As vezes fazíamos golzinhos de madeira, mas na maioria das vezes o gol era com tijolos ou os chinelos mesmo. 
Riscávamos a rua com as linhas de fundo e meio do campo. A lateral eram as calçadas, as vezes essa regra mudava um pouco e não tinha lateral e valia a calçada.
Muitas bolas de capotão ou dente de leite se perderam. Umas nos espinhos (coroa de cristo) das casas, outras embaixo de carros e outras por uso excessivo mesmo.
Muitos ralados ocorriam, principalmente joelhos e cotovelos, foram os tampões do dedão do pé que ficavam no asfalto, mas mesmo assim o jogo continuava.
As vezes as bolas ficavam cheias de marca de sangue, mas o jogo também continuava.
De vez em quando rolava umas brigas, mais depois de tempo as pazes reinava novamente.
Porém nessa época aprendi grandes valores de amizade, responsabilidades, companheirismo, compaixão e perdão.
Realmente agradeço a Deus pelo boa infância que tive, segue o texto:


Quem não jogou, perdeu essa época. 
As 10 regras do Futebol de Rua, o verdadeiro futebol de macho! 




1. A BOLA

A bola pode ser qualquer coisa remotamente esférica. Até uma bola de futebol serve. No desespero, usa-se qualquer coisa que role, como uma pedra, uma lata vazia ou a merendeira do irmão menor. 

2. O GOL

O gol pode ser feito com o que estiver à mão: tijolos, paralelepípedos, camisas emboladas, chinelos, os livros da escola e até o seu irmão menor.

3. O CAMPO
O campo pode ser só até o fio da calçada, calçada e rua, rua e a calçada do outro lado e, nos grandes clássicos, o quarteirão inteiro. 

4. DURAÇÃO DO JOGO

O jogo normalmente vira 5 e termina 10, pode durar até a mãe do dono da bola chamar ou escurecer. Nos jogos noturnos, até alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia.

5. FORMAÇÃO DOS TIMES

Varia de 3 a 70 jogadores de cada lado. Ruim vai para o gol. Perneta joga na ponta, esquerda ou a direita, dependendo da perna que faltar. De óculos é meia-armador, para evitar os choques. Gordo é beque.

6. O JUIZ

Não tem juiz.

7. AS INTERRUPÇÕES
No futebol de rua, a partida só pode ser paralisada em 3 eventualidades: 

a) Se a bola entrar por uma janela. Neste caso os jogadores devem esperar 10 minutos pela devolução voluntária da bola. Se isso não ocorrer, os jogadores devem designar voluntários para bater na porta da casa e solicitar a devolução, primeiro com bons modos e depois com ameaças de depredação.
b) Quando passar na rua qualquer garota gostosa.
c) Quando passarem veículos pesados. De ônibus para cima. Bicicletas e Fusquinhas podem ser chutados junto com a bola e, se entrar, é Gol.

8. AS SUBSTITUIÇÕES
São permitidas substituições nos casos de: 

a) Um jogador ser carregado para casa pela orelha para fazer lição. 
b) Jogador que arrancou o tampão do dedão do pé. Porém, nestes casos, o mesmo acaba voltando à partida após utilizar aquela água santa da torneira do quintal de alguém. 
c) Em caso de atropelamento. 

9. AS PENALIDADES

A única falta prevista nas regras do futebol de rua é atirar o adversário dentro do bueiro.

10. A JUSTIÇA ESPORTIVA

Os casos de litígio serão resolvidos na porrada, prevalece os mais fortes e quem pegar uma pedra antes.

QUEM NÃO JOGOU, PERDEU UM DOS MELHORES MOMENTOS DA VIDA.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

ILEGALIDADE DAS MULTAS POR OBSTRUÇÃO DO PASSEIO PÚBLICO EM DOURADOS/MS

Me deparei com a noticia no portal da internet do Dourados News que “A Prefeitura vai multar comerciantes que colocarem as mercadorias nas calçadas em Dourados” (link - http://www.douradosnews.com.br/dourados/prefeitura-vai-multar-comerciantes-que-colocarem-as-mercadorias-nas-calcadas-em-dourados ).
Nada contra a atitude da Prefeitura, até acho muito justo que o passei pública seja um local onde possamos transitar sem nenhum empecilho ou obstrução, falo principalmente pelos cadeirantes e cegos.
Porém ao me deparar com um caso concreto, reparei que os fiscais de postura não estão emitindo Notificações no sentido de dar um prazo para a adequação ou algo assim, mas estão realmente aplicando a notificação no intuito da multa, da arrecadação fiscal.
A um tempo, como cientista do direito, passei a estudar o Código de Postura do Município de Dourados/MS, lei 1.067/79 e passei a verificar que existem grandes falhas nesta lei, em especial no que tange ao Princípio da Legalidade.
O princípio da legalidade é um dos princípios mais importantes do ordenamento jurídico Pátrio, é um dos sustentáculos do Estado de Direito, e vem consagrado no inciso II do artigo 5º da Constituição Federal, dispondo que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, de modo a impedir que toda e qualquer divergência, os conflitos, as lides se resolvam pelo primado da força, mas, sim, pelo império da lei.
Ocorre que se tratando do Código de Postura do Município de Dourados/MS, em uma analise jurídica do mesmo, ele é falho no quesito sansões e penas, ou seja, não dá a legalidade ao Município, em alguns casos para multar ou aplicar sansões.
Na maioria de suas normas, ele trás regras, condutas a serem seguidas e obrigações de fazer ou não fazer, porém ele é falho na hora de atribuir as penalidades a essas determinadas condutas.
No caso da noticia, da obstrução do passei público, o Código diz que é expressamente proibido embaraçar ou impedir o livre transito de pedestres, porém ele não indica qual a sansão ou penalidade para quem o comete.
A exceção seria diante da carga e descarga de objetos no passeio público, que permite um máximo de três horas para a retirada e desobstrução da via, e em caso de descumprimento deste prazo a Prefeitura pode fazer a remoção cobrando do proprietário os custos da remoção, além de multa.
Por uma interpretação desta norma, seria também o caso agora, dos Fiscais de Posturas, determinarem um prazo para a desobstrução das vias, sob as penas de remoção e multa.
Ocorre que em se tratando de arrecadação fiscal, geralmente a Prefeitura atua de modo truculento e prefere sair distribuindo multas a todos os comerciantes do município que estiverem com produtos expostos na calçada, invés de aplicar a conduta descrita no Código, dando prazo para a retirada do produtos, prefere sair distribuindo multas a todos os comerciantes.

Ao agir desta maneira, sem ter a legalidade para a multa, os fiscais dão margem para que surjam questionamentos administrativos e até jurídicos sobre a fiscalização tomada e o comerciante que se sentir no seu direito, deve exercê-lo, não permitindo assim a conduta autoritária do Município.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Só colocamos a tranca quando o ladrão entra


Recordo-me quando era criança, quando morava em Rancharia, uma cidade pequena do interior de São Paulo, e naquela época, meu modo de condução era uma bicicleta preta, a qual utiliza pra anda pra cima e para baixo pela cidade.
Naquela época quando chegava em algum lugar, colocava o pedal da bicicleta no meio fio da calçada para dar apoio a bicicleta, e lá deixava ela, sem nenhum cadeado ou tranco, e nem mesmo nenhuma preocupação com alguém que pudesse levar a minha companheira de condução.
Certa vez, deixei a minha bicicleta na frente de casa depois da escola, e por lá ela ficou até o final da tarde, quando minha mãe chegou em casa e notou a bicicleta lá na frente, e entrando dentro de casa me disse: - depois que o ladrão entra a gente coloca a tranca.
Depois da frase corri lá fora e guardei a bicicleta. Sei que são épocas diferentes, até converso com muito saudosismo com os amigos sobre essa atitude, mas quantos amigos não perderam suas bicicletas por falta de “precaução e prevenção”.
A frase da minha mãe, que por sinal é um provérbio português, originalmente dito: - “depois do ladrão coloca-se a tranca”, me veio a cabeça, com o episodio da Boate Kiss de Santa Maria - RS.
Quando ouvi e li as primeiras notícias sobre a tragédia a primeira coisa que me veio à cabeça foi a frase dita pela minha mãe, isso muito menos antes de saber de todos os incidentes que ocorreram na casa noturna.
Tal frase me veio a cabeça porque não estamos preparados a lidar com problemas como incêndios, evacuações organizadas e catástrofes de qualquer tipo.
É comum vermos em filmes ou nos noticiários internacionais, o costume de alguns países em educar suas crianças, ou até mesmos adultos, com casos inusitados como incêndios, terremotos e principalmente evacuação em massa.
Esses países agem na raiz do problema, educando as pessoas, ou pelo menos dando um norte de como agir em determinadas situações, agindo assim com “precaução e prevenção”.
Ficou evidente, depois das apurações dos fatos, que no caso do incidente na boate de Santa Maria, esses dois itens, precaução e prevenção, não foram as principais preocupações dos responsáveis envolvidos no incidente.
Infelizmente no Brasil, como é o caso da minha bicicleta, não temos o hábito de agir com prevenção e precaução, preferimos agir depois que o ladrão entra. É assim em várias ramos, como o caso da atriz Daniella Perez que gerou a Lei dos crimes hediondos, bem como recentemente o caso da atriz Carolina Dieckmann que gerou a Lei dos crimes virtuais, dentre muitos outros casos, onde o ladrão entrou e depois colocou-se a tranca.
Certamente com o incidente de Santa Maria, muitas regras e normas serão criadas, tudo no bom sentido da precaução e prevenção, quem sabe não passemos a educar nossas crianças e adultos a agirem em determinada situações.
Porém quando teremos o hábito de colocar a tranca antes do ladrão entrar?

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Mitos sobre o Auxilio Reclusão


Tenho visto e-mails que circulam encaminhados por amigos e conhecidos, e agora também posts em sites de relacionamento, pejorativos ao Auxilio Reclusão.
Alguns contem criticas dizendo que o presidiário recebe beneficio do INSS por estar preso, outros falam sobre um valor maior que o salário mínimo que os presos recebem, por fim todos levam o leitor a acreditar que o sujeito que esta preso recebe ajuda do governo, especificamente do INSS para estar lá.
Tais e-mails e posts criam uma grande confusão, e destoa o que realmente significa o “auxilio reclusão”.
O auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes do segurado recolhido à prisão, durante o período em que estiver preso sob regime fechado ou semi-aberto. Não cabe concessão de auxílio-reclusão aos dependentes do segurado que estiver em livramento condicional ou cumprindo pena em regime aberto.
Considera-se nesse caso como dependentes a esposa ou companheira, filho (seja os normais ou os equiparados ou tutelados), pais e irmãos. Lembrando sempre que estes devem ser dependentes do segurado recolhido a prisão.

Tal benefício foi criado pela Lei n.º 8.213/91 no governo do Presidente José Sarney, desmentindo os posts que geralmente atribuem tal criação aos Presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luis Inácio Lula da Silva e atualmente Dilma Russef.
Ainda encontra amparo legal no Decreto n.º 3.048/99 e Instrução Normativa INSS/PRES n.º 45/2010.

Assim sendo não é o preso que recebe tal beneficio, mas sim seus dependentes, e nada mais justo que esses últimos não fiquem desamparados, pelas responsabilidades criminais do segurado.
Outro fator importante, é que como todo segurado do INSS, é necessário alguns requisitos para a solicitação deste benéfico sendo eles:
a)    o segurado que tiver sido preso não poderá estar recebendo salário da empresa na qual trabalhava, nem estar em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço;
b)     a reclusão deverá ter ocorrido no prazo de manutenção da qualidade de segurado, ou seja, ter pelo menos uma contribuição no período de um ano;
c)     o último salário-de-contribuição do segurado (vigente na data do recolhimento à prisão ou na data do afastamento do trabalho ou cessação das contribuições), tomado em seu valor mensal, deverá ser igual ou inferior ao valor de R$ 972,87 (Portaria n.º 15 de 10/01/2013), independentemente da quantidade de contratos e de atividades exercidas, considerando-se o mês a que se refere:

Equipara-se à condição de recolhido à prisão a situação do segurado com idade entre 16 e 18 anos que tenha sido internado em estabelecimento educacional ou congênere, sob custódia do Juizado de Infância e da Juventude.
Após a concessão do benefício, os dependentes devem apresentar à Previdência Social, de três em três meses, atestado de que o trabalhador continua preso, emitido por autoridade competente, sob pena de suspensão do benefício. Esse documento será o atestado de recolhimento do segurado à prisão

O auxílio reclusão deixará de ser pago, dentre outros motivos:
a) com a morte do segurado e, nesse caso, o auxílio-reclusão será convertido em pensão por morte;
b) em caso de fuga, liberdade condicional, transferência para prisão albergue ou cumprimento da pena em regime aberto;
c) se o segurado passar a receber aposentadoria ou auxílio-doença (os dependentes e o segurado poderão optar pelo benefício mais vantajoso, mediante declaração escrita de ambas as partes);
d) ao dependente que perder a qualidade (ex: filho ou irmão que se emancipar ou completar 21 anos de idade, salvo se inválido; cessação da invalidez, no caso de dependente inválido, etc);
f) com o fim da invalidez ou morte do dependente.
Caso o segurado recluso exerça atividade remunerada como contribuinte individual ou facultativo, tal fato não impedirá o recebimento de auxílio-reclusão por seus dependentes.

Os valores pagos em relação de benefício de auxilio reclusão corresponderá ao equivalente a 100% do salário de benefício, que corresponde a média dos 80% maiores salários-de-contribuição do período contributivo, a contar de julho de 1994, e não o valor de R$ 972,87 como alguns e-mails e posts sugerem.
Além disso caso o segurado seja especial (trabalhador rural), o valor do auxilio reclusão será de um salário mínimo, se o mesmo não contribui facultativamente.

Devemos ficar atento as informações que encontramos em e-mails e posts na internet, para atestar a veracidade de suas informações, por isso antes de repassar qualquer informação que você não tenha conhecimento, procure pesquisar antes, perguntar para conhecidos que entendam do assunto, e na duvida não repassem.

Fonte e mais informações no sitio:

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Reflexão sobre o amor de Deus



Na manhã do dia 13/02/2012 na minha leitura diária a Liturgia Bíblica da igreja católica, no site da canção nova (link abaixo), me deparei com o texto da Epistola de São Tiago 1, 1-18, que nós relata o seguinte:

1Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que vivem na dispersão: Saudações. 2Meus irmãos, quando deveis passar por diversas provações, considerai isso motivo de grande alegria, 3por saberdes que a comprovação da fé produz em vós a perseverança. 4Mas é preciso que a perseverança gere uma obra de perfeição, para que vos torneis perfeitos e íntegros, sem falta ou deficiência alguma. 5Se a alguém de vós falta sabedoria, peça-a a Deus, que a concede generosamente a todos, sem impor condições; e ela lhe será dada. 6Mas peça com fé, sem duvidar, porque aquele que duvida é semelhante a uma onda do mar, impelida e agitada pelo vento. 7Não pense tal pessoa que receberá alguma coisa do Senhor: 8o homem de duas almas é inconstante em todos os seus caminhos. 9O irmão humilde pode ufanar-se de sua exaltação, 10mas o rico deve gloriar-se de sua humilhação. Pois há de passar como a flor da erva. 11Com efeito, basta que surja o sol com o seu calor, logo seca a erva, cai a sua flor, e desaparece a beleza do seu aspecto. Assim também acabará por murchar o rico no meio de seus negócios. 12Feliz o homem que suporta a provação. Porque, uma vez provado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu àqueles que o amam. 13Ninguém, ao ser tentado, deve dizer: “É Deus que me está tentando”, pois Deus não pode ser tentado pelo mal e tampouco ele tenta a ninguém. 14Antes, cada qual é tentado por sua própria concupiscência, que o arrasta e seduz. 15Em seguida, a concupiscência concebe o pecado e o dá à luz, e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. 16Meus queridos irmãos, não vos enganeis. 17Todo dom precioso e toda dádiva perfeita vêm do alto; descem do Pai das luzes, no qual não há mudança, nem sombra de variação. 18De livre vontade ele nos gerou, pela Palavra da verdade, a fim de sermos como que as primícias de suas criaturas.

Tal leitura me fez remeter aos pensamentos e ideais do livro ‘A Cabana’ de William P. Young, que traz como preceito básico a fé que temos que ter em Deus em momentos de provações e o amor incondicional dele para conosco.
O livro aborda a questão recorrente da existência do mal através da história de Mack Allen Phillips, um homem que vive sob o peso da experiência de ter sua filha Missy, de seis anos, raptada durante um acampamento de fim de semana. A menina nunca foi encontrada, mas sinais de que ela teria sido assassinada são achados em uma cabana perdida nas montanhas.
Vivendo desde então sob a "A Grande Tristeza", Mack, três anos e meio depois do episódio, recebe um misterioso bilhete supostamente escrito por Deus, convidando-o para uma visita a essa mesma cabana. Ali, Mack terá um encontro inusitado com Deus, de quem tentará obter resposta para a inevitável pergunta: "Se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar nossos sofrimentos?"
A Carta de Tiago, nós remete a refletir sobre alguns preceitos do livro no sentido de que, se Deus nós ama, será que os males que passamos provêm dele?
Veja o que diz Tiago sobre o assunto no versículo 13: - 13Ninguém, ao ser tentado, deve dizer: “É Deus que me está tentando”, pois Deus não pode ser tentado pelo mal e tampouco ele tenta a ninguém.
A idéia central do livro ‘A Cabana’ é se Deus-Pai nós ama, porque haveria ele de fazer algum mau aos seus filhos?
Às vezes quando passamos por provações em nossas vidas, como a perda de um ente querido, o fim de um relacionamento, a perda de um emprego, uma doença ou problemas de saúde, dentre outras adversidades, é imediato o questionamento a Deus do porque de tudo isso.
Nosso pensamento remete-nós ao questionamento para com Deus do porquê de tudo isso, elevando o pensamento de culpa para com Deus, como se fizéssemos um julgamento dele sobre aquilo que supostamente colocou em nossos ombros para ser suportado.
Porém não é essa a idéia do Livro, muito menos a da Carta de Tiago. Estes textos querem nós mostrar que os supostos males em nossas vidas não são objetos da vontade de Deus, mas sim momentos de reflexão em que precisamos sim redobrar nossa fé.
Tiago diz que devemos nós alegrar pelas adversidades, e as vezes nos perguntas se isso seria possível? Como se alegrar quando se esta triste, passando-se por momentos de dificuldades?
Ai que está à questão, homes e mulheres que possuem uma espiritualidade aguçada, busca na fé a solução para seus problemas, e acabam se aproximando um pouco de Deus, ou seja, aproximando-se um pouco da sua enorme sabedoria.
Por isso Tiago diz, peçam com muita fé a sabedoria para entender a provação enfrentada que ela lhe será dada, porque Deus nós ama, e nos confortara com a sua sabedoria infinita.
É um exercício difícil de fé, agradecer pelas adversidades enfrentadas, mas também é um grande motivo de alegria quando vencemos elas como muita fé em Deus, de cabeça erguida e crentes no amor de Deus.
Assim é necessário agradecermos as dificuldades diárias em nossas vidas, e com muita fé pedir a sabedoria divina para enfrentá-las todos os dias.
Façamos um exercício diário de que nenhum mal vem em nossas vidas pela vontade de Deus, mas que eles podem ser o caminho para o reencontro com a fé e com o amor dele conosco.


Link Canção Nova – liturgia
http://www.cancaonova.com/portal/canais/liturgia/